BANTU, a mais recente criação do coreógrafo português Victor Hugo Pontes, chega a Maputo, com apresentação agendada para 15 de novembro, às 19h00, no âmbito da 10ª edição do KINANI e da Biennale de la Danse em Afrique.

BANTU teve origem num convite endereçado a Victor Hugo Pontes pelos Estúdios Victor Córdon (EVC) e pelo Camões – Centro Cultural Português em Maputo, para o desenvolvimento de uma nova criação de dança com intérpretes moçambicanos e portugueses. Os EVC e o Camões – Maputo são parceiros numa programação conjunta para três temporadas, que visa criar pontes entre Portugal e Moçambique, e promover a circulação e internacionalização da dança. BANTU resulta desta parceria.

BANTU é a nova criação de Victor Hugo Pontes e junta intérpretes portugueses e moçambicanos. “Bantu” tem múltiplos significados: designa uma família de línguas faladas na África subsariana, mas pode nomear uma linguagem própria que sobreviveu à imposição das línguas europeias, um mecanismo identitário, um signo que permaneceu intacto. Da língua que falamos vê-se o mundo. Das diferentes geografias, num país ou num palco, temos perspetivas diversas, não falamos a mesma língua. Em BANTU, Victor Hugo Pontes explora o caminho inverso, aquele que conduz à linguagem universal da dança. O espetáculo desenha um ponto de encontro entre dois continentes e dois países com afinidades e memórias comuns.

 

FICHA ARTÍSTICA

Direção artística | Victor Hugo Pontes

Cenografia | F. Ribeiro

Música | Throes + The Shine

Direção técnica e desenho de luz | Wilma Moutinho

Desenho e operação de som | João Monteiro

Figurinos | Cristina Cunha e Victor Hugo Pontes

Construção de máscaras | Cristina Cunha

Confeção de figurinos | Emília Pontes e Domingos Freitas Pereira

Assistência de direção | Cátia Esteves Consultoria artística | Madalena Alfaia

Direção de produção | Joana Ventura Produção executiva | Mariana Lourenço

Assistência de produção | Inês Guedes Pereira

Interpretação | Dinis Abudo Quilavei, Dinis Duarte, João Costa*, José Jalane, Maria Emília Ferreira, Marta Cardoso, Osvaldo Passirivo (*bailarino gentilmente cedido pela CNB)

Intérprete estagiário | Francisco Freire

Promotores | OPART/ Estúdios Victor Córdon, Camões – Centro Cultural Português em Maputo

Parceiro institucional dos EVC | Camões I.P.

Produção | Nome Próprio

Um programa dos Estúdios Victor Córdon e Camões - Centro Cultural Português em Maputo.

A Nome Próprio é uma estrutura residente no Teatro Campo Alegre, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto e tem o apoio da República Portuguesa - Cultura / Direcção-Geral das Artes.

VICTOR HUGO PONTES (1978) é um dos coreógrafos e encenadores portugueses com mais sólido e inventivo percurso nas últimas décadas em Portugal. Em 2023, assinala 20 anos de criação artística. Entre os espetáculos que criou, destaque para Corpo Clandestino (2022), Meio no Meio (2021), Os Três Irmãos (2020), Drama (2019), Margem (2018, Prémio SPA Melhor Coreografia), Se Alguma Vez Precisares da Minha Vida, Vem e Toma-a (2016), Fall (2014), Zoo (2013) e A Ballet Story (2012, Melhor Espectáculo do Ano Público e Expresso).

Fotografia ©TUNA_TNSJ-BANTU

19h00