No âmbito da iniciativa Escritor do Mês, o Camões – Centro Cultural Português em Maputo dedica o mês de agosto ao escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa.

Tendo em vista aprofundar o conhecimento do trabalho de Ungulani Ba Ka Khosa, terá lugar no dia 8 de agosto, às 17h00, uma sessão dinamizada por Eduardo Quive, na Biblioteca do Camões - Centro Cultural Português.

A sessão contará com a (re)leitura de excertos do texto das obras “Ualalapi” e “Orgia dos Loucos” de Ungulani Ba Ka Khosa. Da ideia de destruição ou a estranha forma de reconstrução nos tempos do nacionalismo voraz à figura de Ngungunhane que se confunde com várias personagens reais, uma (re)leitura destas obras faz-nos trilhar um caminho (ou vários) que não só nos leva a conhecer o autor, como nos chama para ler o real através da ficção, uma característica que, aliás, a escrita de Khosa mantém mesmo nas publicações atuais.

Esta iniciativa resulta de uma parceria do Camões – Centro Cultural Português em Maputo com o Movimento Literário Kuphaluxa.

Nota Biográfica:
Ungulani Ba Ka Khosa, nome tsonga (grupo étnico do Sul de Moçambique) de Francisco Esaú Cossa, nasceu a 1 de agosto de 1957, em Inhaminga, província de Sofala. Formado em Direito e em Ensino de História e Geografia, foi cronista em jornais, cofundador da revista literária Charrua e diretor-adjunto do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique. Exerce atualmente as funções de diretor do Instituto Nacional do Livro e do Disco e é secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos. Com a sua obra de estreia, Ualalapi (1987), integra a lista dos cem melhores autores africanos do século XX, vindo a ser desde então largamente premiado. É também autor de Orgia dos Loucos (1990), Histórias de Amor e Espanto (1993), Os Sobreviventes da Noite (2005, Prémio José Craveirinha), Choriro(2009), O Rei Mocho (infantojuvenil, 2012), Entre as Memórias Silenciadas (2013, prémio BCI para o melhor livro do ano) e Cartas de Inhaminga (2017). Em fevereiro de 2014, em cerimónia ocorrida em Maputo, foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo contributo que tem dado para o enriquecimento das letras moçambicanas e a divulgação de Moçambique e das suas culturas a nível internacional.

17h00