Por ocasião do Dia Mundial da POESIA, no dia 21 de março, às 20h30 de Moçambique, o Município de Oeiras (Portugal) dinamiza uma mesa de debate que será transmitida em direto (streaming) na página do facebook do Camões - Centro Cultural Português em Maputo.

O tema da mesa será "Bendito o fruto desse alfabeto", com Hélder Moutinho, Laura Liuzzi e Rui Miguel Abreu.

Helder Moutinho nasceu em Oeiras, em 1969. O mar e o Fado estiveram sempre presentes na sua vida. Da sua família ganhou o amor natural pelo Fado, crescendo e convivendo desde sempre nos meios mais tradicionais deste género. A sede de cantar levou-o a fazer parte deste universo tão apaixonante quanto misterioso e complexo. É Fadista. No final da adolescência, depois de também se identificar com outros estilos musicais, o Fado começou a ganhar uma importância cada vez maior na sua vida.
O apelo de Lisboa torna-se inevitável. Depois do mar, é o Tejo quem chama por ele, revelando-lhe a cidade das paixões, das casas de fado, das noites nostálgicas e poéticas que lhe hão de inspirar a escrita.
Nas tertúlias fadistas, pela noite dentro e com outros amantes do fado, começam a surgir as primeiras letras de sua autoria que viria a gravar mais tarde no seu primeiro álbum – “Sete Fados e Alguns Cantos “(1999). A “vontade de fazer acontecer” levou-o à produção e ao management, primeiro na HM Música e agora na MWF - Music Without Frontiers. Helder Moutinho é um arquitecto de sonhos.

Laura Liuzzi (Rio de Janeiro, 1985) é uma poeta brasileira. Trabalhou com o documentarista Eduardo Coutinho, como assistente de direção, nos filmes Um Dia na Vida, As Canções e Últimas Conversas. Em 2016, foi autora convidada na Festa Literária Internacional de Paraty. Participou da mesa de abertura, sobre a poeta Ana Cristina Cesar. É responsável pelo núcleo de vídeo do Instituto Moreira Salles.

A vida e profissão de Rui Miguel Abreu estão de mãos dadas com a música. Escreve sobre ela há mais de 20 anos em jornais e revistas especializadas. É professor de História da Música na ETIC em Lisboa. Trabalhou na Valentim de Carvalho durante seis anos, tendo também fundado uma editora independente - Loop Recordings. A Loop dedicou-se à edição de de álbuns de RAP, música electrónica e funk, tendo estado no activo cerca de seis anos. Na rádio esteve na origem de programas como a "Nação Hip-Hop" e "Ginga Beat". Actualmente dirige o programa da Antena 3 "Rimas e Batidas". Rui Miguel Abreu é também coleccionador. Recentemente expôs a sua colecção de discos de vinil de música africana na loja Flur, em Lisboa, no dia internacional do vinil.

20h30 de Moçambique.