Está patente até dia 31 de maio, no Camões – Centro Cultural Português em Maputo, a exposição “Os Mabundas, uma apresentação inédita do trabalho dos artistas moçambicanos, Gonçalo, Santos e Rodrigo Mabunda.

A mostra idealizada pelo Camões em Moçambique tem um trabalho curatorial conjunto do Arquiteto Guilherme Godinho e do Diretor do Camões – Centro Cultural Português em Maputo, João Pignatelli.

Esta arrojada iniciativa, que conta com o apoio do Barclays Bank Moçambique, tem como objetivo mostrar, na cidade onde nasceram os artistas, a singularidade e excelência dos trabalhos apresentados e divulgar junto do público nacional e internacional o fértil trabalho criativo de três do mais talentosos artistas plásticos de Moçambique na atualidade.

Nesta mostra familiar, as obras selecionadas são apresentadas dentro de um discurso curatorial que envolve não só a disposição espacial das obras em harmonia com o genius loci da sala do Camões, mas também fatores como a tonalidade das paredes, a luminosidade, a presença de textos, entre outros elementos. O olhar dos curadores explorou uma opção de trabalhos representativos dos diversos estilos representados pelos artistas.

Nesse âmbito, o público poderá assim ver um conjunto de cerca de 40 obras dos irmãos Mabunda, que durante o seu percurso desenvolveram linguagens muito particulares, tal como técnicas diferenciadas e específicas de expressão artística.

A exposição “Os Mabundas  –  Gonçalo, Santos e Rodrigo, reúne um conjunto abrangente de obras produzidas recentemente, que inclui um painel coletivo produzido propositadamente para a ocasião, que será terminado e apresentado no dia 10 de abril, data oficial da inauguração da exposição.

 

Sobre os irmãos Mabunda

Santos e Rodrigo têm exibido o seu trabalho, sobretudo, em exposições colectivas a nível nacional, enquanto emergem como criadores artísticos, já Gonçalo Mabunda, um dos artistas com méritos reconhecidos e apreciados internacionalmente, já se afirmou há muito no competitivo circuito da arte contemporânea e, nesse sentido, pertence a uma restrita elite com presença e constância no mercado mundial, tendo passado por algumas das salas de maior relevância e visibilidade globais. As suas obras são expostas em diversas galerias de Paris, a Londres e Nova Iorque, de Macau ao Dubai, em Lisboa e Óbidos; em África tem sido apresentado em praças como Marraqueche, Dakar, Joanesburgo e Maputo. Atualmente tem a sua obra representada em importantes coleções privadas e públicas ao redor do mundo. Gonçalo recorre à escultura e soldadura metálica, tendo como elemento distintivo o uso de material de guerra descontinuado. Santos tem feito a evolução de um desenho monocromático para trabalhos que, embora utilizem a cor, mantêm a mesma sobriedade das suas obras iniciais, assumindo as colagens nas suas criações mais recentes e que pela primeira vez poderão ser apreciadas pelo público. No caso de Rodrigo, o mais “caçula” dos irmãos, o suporte utilizado para os seus desenhos, também monocromáticos, mas neste caso feitos a esferográfica, são caixas de cartão reutilizadas reaproveitadas para o efeito.

Até 31 de maio, de segunda a sábado, entre as 11h00 e as 17h30.