A bailarina e coreógrafa portuguesa Vera Mantero estará em Moçambique entre 21 e 24 de novembro, com o apoio do Camões – Centro Cultural Português em Maputo e da Fundação Calouste Gulbenkian, para participar na 7ª Edição do KINANI – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea.

Vera Mantero iniciou a sua carreira como coreógrafa em 1987, tendo atuado em importantes palcos por toda a Europa, Brasil, Argentina, Estados Unidos e Canadá. O seu trabalho artístico tem sido amplamente reconhecido, com prémios institucionais como o Prémio Almada do Ministério da Cultura (2002) ou o Prémio Gulbenkian Arte pela sua carreira como criadora e intérprete (2009), ou através de iniciativas como a apresentação de uma retrospetiva do seu trabalho, organizada pela Culturgest em 1999, intitulada “Mês de Março, Mês de Vera” ou a representação portuguesa na 26ª Bienal de São Paulo, em 2004, com “Comer o Coração”, uma obra criada em parceria com o escultor Rui Chafes.

A bailarina e coreógrafa portuguesa é um dos nomes centrais da Nova Dança Portuguesa e traz a Maputo dois solos emblemáticos que levaram Vera Mantero aos mais prestigiados palcos internacionais e que se inscrevem no repertório fundamental da dança contemporânea. No âmbito do Kinani, no dia 23 de novembro, às 20h00, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, Vera Mantero irá apresentar “Talvez ela pudesse dançar primeiro e pensar depois” (1991) e “uma misteriosa Coisa, disse o e.e. cummings” (1996).

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Nota Biográfica:
Vera Mantero (Lisboa, 1966) iniciou a sua carreira profissional no Ballet Gulbenkian em xxx, onde ficou até 1989, após ter passado a bailarina-solista na temporada 1987-1988. Seguiu-se um ano de estudos em Nova Iorque e o abandono definitivo da dança clássica, criando um projeto coreográfico em nome próprio. A sua primeira experiência coreográfica começou com Ponto de interrogação (1987).
Dos seus trabalhos destacam-se os solos Talvez Ela Pudesse Dançar Primeiro e Pensar Depois (1991), Olímpia (1993), Uma Misteriosa Coisa, Disse o E.E.Cummings* (1996), O que podemos dizer do Pierre (2011) e Os Serrenhos do Caldeirão - Exercícios em Antropologia Ficcional (2012), assim como as peças de grupo Sob (1993), Para Enfastiadas e Profundas Tristezas (1994), Poesia e Selvajaria (1998), e Até que Deus É Destruído pelo Extremo Exercício da Beleza (2006).
Em 2013 e 2014 criou as instalações performativas Oferecem-se Sombras e o ciclo "Mais Pra Menos Que Pra Mais", envolvendo concertos, dança, workshops para crianças, oficinas de desenho, visitas guiadas aos espaços hortícolas, uma marcha, um congresso no Teatro Maria Matos e ainda uma instalação de cinema nas montras e lojas em Lisboa.
Vera Mantero foi convidada por Boris Charmatz para integrar 20 Dancers for the XX Century, um arquivo vivo dos solos coreográficos mais representativos do século XX, que teve lugar na Tate Modern (Londres) e na Opéra de Paris / Palais Garnier (Paris) em 2015, e no qual participa com alguns dos seus solos dos anos 1990.

20h00