O Camões – Centro Cultural Português, pólo da Beira, e a Editora Ndjira têm o prazer de informar que no dia 6 de Dezembro, às 18h00, terá lugar o lançamento do livro Ponta Gea, de João Paulo Borges Coelho, apresentado por Maria Pinto de Sá, Presidente da Casa do Artista.

Depois de apresentado por Fernando Lima no Camões - Centro Cultural Português de Maputo, no dia 7 de novembro, o livro Ponta Gea de João Paulo Borges Coelho, será agora apresentado na cidade da Beira.

Ponta Gea é um livro sobre a infância. O título provém do nome de um bairro da cidade da Beira, erigido em “zona de origem” do autor. Composto por quinze textos que se entrecruzam e sugerem uma sequência cronológica, mas que também podem ser lidos isoladamente, não se trata de um livro de memórias da infância, mas de um exercício de ficção, de como o mundo era visto a partir dessa idade em que, como escreveu Proust, “se acredita que criamos aquilo que nomeamos”.

Embora de natureza ficcional, os textos apoiam-se em factos do acontecido e recuperam figuras e acontecimentos que o tempo foi desgastando, em alguns casos até ao limite irremediável do esquecimento. Sendo também, de algum modo, um livro sobre a descoberta da natureza, esse esquecimento encontra aqui uma metáfora à sua altura, na medida em que a Ponta Gea, cenário físico das aventuras descritas, corre hoje o risco de ser varrida pelo mar.

Nota Biográfica:

João Paulo Borges Coelho (1955) é historiador e romancista. Passou a infância em Moçambique e frequentou o Liceu na Beira. É doutorado pela Universidade de Bradford (Reino Unido). É professor catedrático de História na Universidade Eduardo Mondlane e é professor convidado do Mestrado em História de África na Universidade de Lisboa. Publicou vários textos e ensaios sobre História em jornais e revistas nacionais e internacionais. Em 2012 recebeu o doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Aveiro.

Estreou-se na ficção com As Duas Sombras do Rio (2003) e viu vários livros premiados, entre os quais As Visitas do Dr. Valdez (Prémio José Craveirinha, 2006) e O Olho de Hertzog (Prémio Leya 2009).