O Camões – Centro Cultural Português apresenta a exposição “Abraçar o caos”, do artista plástico Butcheca, um dos nomes que mais se vem destacando durante os últimos anos, no cenário da arte contemporânea moçambicana.
“Abraçar o caos” é a 15ª mostra individual do artista, reúne obras inéditas criadas durante o ano que decorre, e conta com a participação especial do escritor Mia Couto.
Butcheca trabalha há cerca de três décadas no domínio da pintura e tendo vindo a refletir sobre vários temas da atualidade que o inquietam. Segundo o texto escrito pelo artista para esta exibição: “O que parece ser uma luta interna pessoal transforma-se na evocação de uma reflexão mais universal sobre a condição humana, na busca de clareza e de resposta às mais diversas interrogações sobre o sentido das coisas.” É através da figuração pouco realista que Butcheca procura responder às inquietações que o assombram no quotidiano, numa busca quase sistemática, abrangente e exaustiva da sua essência.
A exposição fica patente até ao dia 30 de novembro na galeria do Camões – Centro Cultural Português em Maputo, com entrada livre.
Sobre o artista:
Moisés Ernesto Matsinhe Mafuiane, conhecido por Butcheca (1978, Maputo) começou a pintar no início dos anos 90. Tornou-se membro do Núcleo de Arte em 1997. Desde 2001, realizou quinze exposições individuais em Moçambique, Portugal e Japão e participou em inúmeras coletivas em Moçambique e no estrangeiro. Beneficiou do programa Moving Africa, do Goethe Institut, para a visita e participação das atividades da Bienal de Arte Contemporânea Dak'Art, 2014. Participou da exposição coletiva African Identities - Chapter III, no âmbito do AKKA Project, Veneza, Itália. O seu trabalho foi apresentado em várias plataformas digitais tais como ARCO E-xhibitions 2021 - ÁFRICA EM FOCO, FNB Art Joburg Experience 2020 e ARCO Lisboa 2020 online/Artsy. Pintou murais em Moçambique e Portugal. O seu trabalho está representado em diversas coleções públicas e privadas, em Moçambique e no estrangeiro. Prémio Melhor Futuro (Hollard Seguros), no âmbito da Exposição Colecção Crescente 2020, Kulungwana (Maputo, Moçambique). 2º Prémio da XIII edição da Bienal TDM 2015: Artes Plásticas contemporâneas – Possibilidades e Contribuições, com exposição no Museu Nacional de Arte, Maputo, Moçambique. Vencedor do concurso para a criação da identidade visual do Festival Sukiyaki Meets the World 2014, Nanto City, Toyama, Japão. Das suas mais recentes exposições destaca “A dança das sombras” no Camões – CCP (2022), “Vim para contar uma história” (2023) no Centro Cultural Franco-Moçambicano, ambas em Maputo, Moçambique, e a exposição de inauguração da Galeria Manoevre, na Ilha de Luanda, Angola (2024).
Inauguração dia 16 de outubro, às 18h00. Entrada livre.