O livro A História do João Gala-Gala, de Pedro Pereira Lopes e Chico António, será apresentado no dia 26 de outubro, às 16h00, no Camões – Centro Cultural Português em Maputo, no âmbito do 6.º Festival "Escolas Com Livros", organizado pelo projeto Mabuko Ya Hina.

A História do João Gala-Gala é um livro infanto-juvenil que conta com ilustrações de Luís Cardoso e publicação da Escola Portuguesa de Moçambique – Centro de Ensino e Língua Portuguesa.

A História do João Gala-Gala é baseada na biografia de Chico António, músico moçambicano, e narra uma aventura de um rapaz, do campo para as margens das ruas da cidade, onde semeia amigos e histórias e recolhe sons e harmonias com que mais tarde comporá as suas canções. Trata-se de uma versão ficcionada por Pedro Pereira Lopes e que Luís Cardoso transfere para a tela, dando-lhe as cores de um cenário fantástico onde o ocre do campo se mescla com as luzes da cidade e dos seus múltiplos meandros.

A sessão  contará com a apresentação de um documentário sobre todo o processo criativo do livro e com a encenação da história pela Associação Iverca em parceria com a Escola Primária Completa Unidade 23, finalizando com um momento de autógrafos com os autores e ilustrador.

Nota Biográficas:
Pedro Pereira Lopes nasceu na Zambézia, em 1987. Membro da Associação dos Escritores Moçambicanos, é pesquisador e docente no Instituto Superior de Relações Internacionais.
Obras e prémios: Setenta vezes sete e outros contos (não-publicado, 2009), 3º lugar no concurso de ficção narrativa João Dias; O homem dos 7 cabelos (infanto-juvenil, 2012), Prémio Lusofonia/Município de Trofa (2010); Kanova e o segredo da caveira (infanto-juvenil, Maputo, 2013; São Paulo, 2017), Viagem pelo mundo num grão de pólen e outros poemas (infanto-juvenil, Maputo, 2014; São Paulo, 2015), O mundo que iremos gaguejar de cor (contos), Menção honrosa do Prémio Literário 10 de Novembro (Maputo, 2015) e Menção honrosa do Prémio Literário Eduardo Costley-White (Lisboa, 2016); O comboio que andava de chinelos (infanto-juvenil, no prelo), Prémio Maria Odete de Jesus (2016); o mundo que iremos gaguejar de cor (2017).

Chico António nasceu em 1958. Foi pastor em Magude, na província de Maputo e menino de rua em Lourenço Marques, mais tarde Maputo, onde chegou no início dos anos 60. Aos nove anos tornou-se solista e aprendeu trompete e solfejo. Fez parte dos grupos “RM” e “Orquestra Star de Moçambique”. Ganhou, em 1990, o prémio Radio France International (RFI), com a música “Baila Maria”, num dueto com Mingas. Estudou música em França e fundou, depois, o Amoya Studio and Art Gallery. Lançou, em 2014, o álbum “Memórias”. Participa, com certa frequência, em tournées pela Europa e África e tornou-se um colaborador regular de música para documentários, filmes, vídeos e peças de teatro.

Luís Cardoso nasceu em 1964, na Beira. Habituou-se desde cedo às suas paisagens de cores intensas e de fortes contrastes. Apropriou-se assim, de uma paleta em tons de ocre e azuis de mar, de vermelhos amadurecidos nas árvores pelas mangas e pelos cajus. Apropriou-se do verde-capim que circundava a casa, onde vivia os seus primeiros anos de vida, e que se estendia até ao longe, onde a floresta começava. Ainda menino, lembra-se de fechar os olhos e de colorir as histórias que lhe contavam, dos espíritos e das lendas, e dos animais que falavam. Acha que foi assim que aprendeu a ilustrar e a pintar as histórias que ouvia... Foi professor de História e mais tarde designer gráfico. É profissional de publicidade e artista plástico. Participou em muitas exposições e ilustrou vários livros. Diz que gosta de contar histórias ilustrando, desenhando e pintando e que foi esta a forma que encontrou para continuar a colorir o seu mundo e ajudar a colorir o mundo dos outros.

16h00