Programa dos Estúdios Victor Córdon que prevê um ciclo de 10 conversas conduzidas por Cristina Peres, com realização de João Afonso Vaz. As conversas são transmitidas no canal de Youtube dos Estúdios Victor Córdon e partilhadas nas redes do @camoesmaputo, um vez por mês, ao longo de 2021.

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2ª conversa - com Clara Andermatt

Considerada uma das pioneiras do movimento da Nova Dança Portuguesa, a carreira de Clara Andermatt revelou, ao longo dos anos, uma identidade particularmente singular no panorama artístico nacional e internacional, e um percurso que, indubitavelmente, deixou a sua marca na história da dança contemporânea portuguesa.

Iniciou os seus estudos de dança com sua mãe Luna Andermatt. Estudou piano e educação musical, até ir para Londres, em 1980, para aprofundar os seus estudos na área da dança no London Studio Centre, onde se graduou em 1984. Recebeu a Bolsa Bridget Espinosa, atribuída anualmente apenas a um aluno, bem como a distinção “The Best Student Award”. Nesse mesmo ano obtém o diploma completo da Royal Academy of Dance de Londres.

Foi bolseira do Jacob’s Pillow Dance Festival (Lee, Massachussets, 1988), do American Dance Festival – International Choreographers Residency Program (Durham, 1994) e do Bates Dance Festival (Maine, 2002).

O seu interesse pela área do teatro levou-a a estudar “O Método de Interpretação para o Ator”, desenvolvido nos palcos norte-americanos nas décadas de 1930 / 1940, com os formadores Michael Margotta e Robert Castle.

Integrou entre 1984-88 a Companhia de Dança de Lisboa (dirigida por Rui Horta), e entre 1989-91 a Companhia Metros, em Barcelona (companhia de autor de Ramón Oller).

Em 1991 volta a estabelecer-se em Portugal e cria a sua própria Companhia, atualmente designada como ACCCA - Associação Cultural Companhia Clara Andermatt.

Em 1994 inicia uma forte relação com Cabo Verde, cria vários projetos com intérpretes locais, ações de formação e colaborações com artistas de diferentes áreas, que culminam numa série de residências, projetos e espetáculos. Uma colaboração especialmente intensa durante sete anos consecutivos e que perdura até hoje