UMA COLEÇÃO PARA AMANHÃ Lisboa|Maputo

A 2ª edição de Uma coleção para Amanhã, com a curadoria de Cristina Peres e realização de João Afonso Vaz, dedica 10 conversas à cena da dança em Moçambique. Um programa em parceria com o Camões - Centro Cultural Português em Maputo, com o apoio institucional do Camões, I.P. e o apoio no decor pela Around the Tree.

curadoria ︎ Cristina Peres

realização ︎ João Afonso Vaz

coleção ︎ Ídio Chichava

"A imposição da distância social trouxe-nos outras possibilidades de provocarmos encontros improváveis. Deu-nos ideias sobre as perguntas que ainda não tínhamos feito, sobre a ressonância das experiências para lá do tempo em que aconteceram e sugeriu-nos que conversássemos. Preenchemos os meses de 2021 com Uma Coleção para Amanhã. Foram dez conversas com dez pessoas convidadas a refletir sobre criação, mundo, arte, política, seguir em conjunto esse movimento que se organizou de forma tão singular nos últimos 30 ou 40 anos e nos trouxe até aqui. Pelo caminho, influenciámo-nos uns aos outros. Em 2022, e porque a dança viaja, vai e volta e se compara, queremos transformar a ponte imaginária entre Lisboa e Maputo, bem como o percurso inverso, numa segunda coleção de conversas.  Em que momento descobrimos coisas melhores do que nós ao mesmo tempo que descobrimos em nós vestígios daquilo que imaginávamos ser dos outros? Lisboa e Maputo são cidades ligadas pelas marcas dos que teceram fios invisíveis associando a memória do corpo às outras todas que vamos reunir, agora de forma sistematizada, numa nova coleção de conversas."

Cristina Peres, 2022

6º episódio, com Ídio Chichava, no canal de youtube dos Estúdios Victor Córdon.

Ídio Chichava começou a dançar em 2000 num grupo de dança tradicional moçambicana. Fundou a companhia Amor da Noite em 2001, ano em que encontrou a dança contemporânea com a CulturArte e as Danças na Cidade. Seguiu ateliers coreográficos com a brasileira Lia Rodrigues e, a partir de 2002 expande o trabalho com uma multiplicidade de coreógrafos africanos e europeus, passando pela PARTS, na Bélgica. Ídio desenvolve uma linguagem coreográfica do e para o presente onde questiona as origens culturais do movimento individual e interessa-se pela deslocação da dança para fora dos locais tradicionais de apresentação. Leva-a, deste modo, às pessoas e ao mundo, expandindo as relações dela com a comunidade. É autor de numerosas peças apresentadas nos principais festivais africanos e europeus.