A exposição “Configurações (im)prováveis”, fruto de uma organização conjunta da Universidade Lúrio, do Camões, I.P., do Museu da Ilha de Moçambique e da ONGD Helpo, está patente na Biblioteca da FCSH da Universidade Lúrio, na Ilha de Moçambique, entre os dias 15 de Agosto e 12 de Dezembro de 2018.

Esta exposição, concebida e produzida pelo Centro Cultural Português em Maputo, com a participação da ANIMA na criação da sua identidade visual, pretende homenagear a obra literária dos escritores moçambicanos Paulina Chiziane e Ungulani Ba Ka Khosa. Nesse sentido, integra fotografias de Filipe Branquinho e Mauro Pinto, que inspiraram o seu trabalho fotográfico nas obras dos dois consagrados escritores.

A inauguração da exposição decorre no dia 15 de Agosto, pelas 14 horas, na Biblioteca da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Lúrio, na Ilha de Moçambique.

Informação sobre a exposição:

«Os escritores moçambicanos Paulina Chiziane e Ungulani Ba Ka Khosa marcam, de forma indelével, o panorama da literatura moçambicana e africana em língua portuguesa. Em 1987, Ungulani Ba Ka Khosa publicou “Ualalapi”, romance sobre o passado colonial e sobre Ngungunhane que foi considerado um dos 100 melhores livros da literatura africana do século XX. Paulina Chiziane é a primeira escritora moçambicana negra. Em obras como “Niketche - uma história de poligamia” retrata a vida das mulheres africanas.

A riqueza literária e cultural das obras destes autores incita não apenas à leitura das obras mas também ao estudo de relações entre a escrita literária e outras práticas artísticas.

Para esta exposição, produzida em Maputo, convidámos Filipe Branquinho e Mauro Pinto, fotógrafos com um percurso internacional, a trabalhar a obra de um deste escritores. Surgem, assim, duas séries de cinco fotografias: Mauro Pinto visita a obra de Paulina Chiziane, as mulheres moçambicanas e o seu papel em práticas tradicionais; Filipe Branquinho lê Ungulani Ba Ka Khosa, recria espaços a partir do ponto de vista de personagens e, no seu trabalho, evoca a história e a memória de Moçambique.

Cada série forma uma narrativa. E neste espaço de ficção, fotografia e texto entrelaçam-se de novo, pois cada fotografia coabita com um excerto literário que remete para possíveis leituras. Geram-se, assim, configurações que nos apontam novos caminhos, alguns dos quais aparentemente improváveis.» Alexandra Pinho

14h00