Por ocasião do Simpósio “Terra sonâmbula: 30 anos celebrando a moçambicanidade”, organizado pela Faculdade de Letras e Humanidades da Universidade Licungo e patrocinado pelo Camões I.P. – Centro Cultural Português da Beira e Centros de Língua Portuguesa da Beira e Quelimane, o escritor Mia Couto vem à Beira.

O bom do caminho é haver volta. Para ida sem vinda, basta o tempo. A partir das suas palavras, é caso para dizer que o escritor, sempre que pode, regressa a casa, à cidade que o viu nascer e crescer.

No dia 25 de novembro, pelas 17h30, teremos a oportunidade de rever o ilustre beirense no Centro Cultural Português da Beira e, por que não?, pôr a conversa em dia.

Desde já, toda a comunidade beirense e residente está convidada a estar À conversa com Mia Couto, um encontro que, certamente, será memorável e transmitido em direto através da nossa página do Facebook.

Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto (Beira, 5 de julho de 1955), é um biólogo e escritor moçambicano. Mia nasceu e foi escolarizado na Beira. Adotou o nome porque tinha uma paixão por gatos e porque o seu irmão não sabia pronunciar o nome dele. Com catorze anos de idade, teve alguns poemas publicados no jornal Notícias da Beira e três anos depois, em 1971, mudou-se para a capital. Iniciou os estudos universitários em Medicina, todavia abandonou esta área no princípio do terceiro ano, passando a exercer a profissão de jornalista depois do 25 de Abril de 1974. Foi nomeado diretor da Agência de Informação de Moçambique (AIM) e formou ligações de correspondentes entre as províncias moçambicanas durante o tempo da guerra de libertação. Posteriormente, trabalhou como diretor da revista Tempo, até 1981, e continuou a carreira no jornal Notícias até 1985. Em 1983, publicou o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho, que inclui poemas contra a propaganda marxista militante. Dois anos depois, demitiu-se da posição de diretor para continuar os estudos universitários na área de biologia.

Mia Couto é considerado um dos escritores mais importantes de Moçambique, igualmente o mais traduzido. Em muitas das suas obras, Mia Couto tenta recriar a língua portuguesa com uma influência moçambicana, utilizando o léxico de várias regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa africana. Terra Sonâmbula, o seu primeiro romance, publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX por um júri criado pela Feira do Livro do Zimbabué. Foi fundador de uma empresa de estudos ambientais da qual é colaborador. Em 2013, foi agraciado com o Prémio Camões, que lhe foi entregue a 10 de junho no Palácio de Queluz pelas mãos do presidente de Portugal Cavaco Silva e da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

17h30