No dia 1 de fevereiro, a partir das 17h30, terá lugar  no Camões – Centro Cultural Português um debate público sobre “Saúde Sexual e Reprodutiva em Moçambique: um panorama em volta da paternidade, maternidade, gravidezes precoces, contraceptivos, fístula obstétrica e aborto seguro”. Trata-se de uma iniciativa do Instituto Fanelo Ya Mina (FYM).

A saúde sexual reprodutiva, como um todo, enfrenta vários desafios, entre eles: baixo uso de contraceptivos, fraco acesso à informação e disponibilidade dos métodos contraceptivos, diminuto uso do preservativo que pode desencadear infeções como ITS/HIV/SIDA, gravidezes precoces que têm originado complicações no parto, causando altos índices de mortalidade materno-infantil, fístula obstétrica, ou mesmo tentativas de abortos inseguros que também são um risco para a vida e saúde da mulher e da rapariga. No referente a gravidezes prematuras, dados de 2011 indicam que, mais de 42% das jovens moçambicanas declararam ter tido um filho antes dos 18 anos e cerca de 8% antes dos 15 anos (IDS, 2011). De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a População, a manter-se a actual prevalência de gravidezes prematuras, o país terá cerca de 730 mil raparigas mães, menores de 18 anos, em 2030 (FNUAP, 2015). Estes e outros temas fazem com que o debate de dia 1 de fevereiro seja muito atual e oportuno para o país.

O Institituto Fanelo Ya Mina (FYM) é uma organização sem fins lucrativos estabelecida em 2011, movimento de mulheres que lutam pela efectivação da justiça de género e afirmação dos direitos humanos enquanto direitos universalmente garantidos a todos os membros da sociedade atual, indistintamente. O FYM tem como diferencial nas suas actividades, o trabalho com homens e rapazes como parceiros, agentes de mudança e utentes de serviços de saúde de forma a garantir não apenas o bem-estar das mulheres, raparigas e crianças, como também dos próprios homens e rapazes.

Hoje o FYM possui uma presença crescente em Moçambique e joga um papel preponderante internacionalmente. O FYM trabalha com instituições do governo, agência das Nações Unidas e bilaterais, Sociedade Civil e a comunidade, em prol da afirmação dos Direitos Humanos e justiça de género enquanto direitos universalmente garantidos a todos os membros da sociedade.

17h30