Se o poeta contemporâneo Eugénio de Andrade fosse vivo, teria celebrado 100 anos no passado dia 19 de janeiro.

Com o intuito de homenagear o escritor, será possível visitar a exposição “Centenário de Eugénio de Andrade”, a partir de 02 de fevereiro, de segunda-feira a sábado, entre as 09h e as 12h e entre as 13h e as 18h, na Biblioteca do Centro Cultural Português, Polo da Beira.

A cerimónia de inauguração terá lugar no dia 01 de fevereiro, às 18h, e contará com um conjunto de atividades audiovisuais que permitirão ecoar a poesia de um dos maiores poetas portugueses da contemporaneidade.

A exposição revela a pessoa e a obra, para além de ser um convite à leitura do poemário que o Poeta nos deixou. Celebremos Eugénio de Andrade!

José Fontinhas (1923 - 2005) adotou o nome artístico de Eugénio de Andrade. Nasceu no Fundão, no distrito de Castelo Branco, em Portugal, e viveu em Lisboa e Coimbra antes de se ter fixado no Porto, para exercer as funções de Inspetor Administrativo do Ministério da Saúde.

Grande parte da sua obra literária foi precisamente criada no Porto. O Poeta, pertencente à era contemporânea, a par de escritores como Miguel Torga, Alexandre O’Neill, Herberto Hélder, Ruy Belo, Manuel Alegre, Vasco Graça Moura, entre outros, recebeu diversas distinções e prémios tanto nacionais como internacionais.

O seu primeiro livro, “Adolescente“, foi editado em 1942, mas é a obra “As mãos e os Frutos”, em 1948, que lhe confere grande destaque e reconhecimento. Eugénio de Andrade dedicou-se à escrita ao longo da sua vida e publicou dezenas de livros, participando, igualmente, em diversas antologias.

Eugénio de Andrade foi também autor de livros infantis e tradutor, por exemplo, de obras de Garcia Lorca.

Sendo um dos poetas mais traduzidos da literatura portuguesa, entre outros, foi-lhe atribuído o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada e a Grã-Cruz da Ordem de Mérito, o Prémio da Associação Internacional dos Críticos Literários, O Prémio Europeu de Poesia da Comunidade de Varchatz (da ex-Jugoslávia), o Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Camões.