
A exposição intitulada “O olhar de uma lágrima na selva” exibirá, entre 03 e 25 de fevereiro, um conjunto de peças pertencentes à arte makonde, dos escultores Gabriel Choquia e Sérgio Damascene.
Para além dos visitantes poderem apreciar as obras de escultura, ficarão a conhecer a biografia dos autores, bem como a história da arte makonde, num cenário envolvente e condizente com a temática.
Apresentação dos escultores:
Gabriel Choquia é um reconhecido escultor da arte Makonde, na cidade da Beira, onde tem um pequeno ateliê.
Choquia nasceu em 1964, em Nagapa, no distrito de Mueda. É casado, pai de seis filhos e reside na Beira há 28 anos.
Com mais de 25 anos de experiência, detém um sólido conhecimento sobre a elaboração de escultura em pau-preto. Tem colaborado com a Casa da Cultura, com universidades e vários escultores locais na disseminação da sua arte.
Gabriel Choquia sonha vir a ser reconhecido, um dia, como escultor makonde a nível nacional e internacional, lutando todos os dias por uma maior valorização da arte e da escultura makondes. Igualmente, gostaria de passar a sua arte às crianças, aos adolescentes e jovens.
Sérgio José Damascene (mais conhecido por Edjó), nasceu na cidade de Quelimane, Província da Zambézia, em Moçambique, no dia 08 de agosto de 1988, filho de José Damascene e de Benvinda Francisco Ossumane.
Começou a sua carreira como escultor graças à paixão pelas artes, desde pequeno. Aos sete anos, na escola e em casa, fazia desenhos concretos feitos de barro e outras matérias.
Aos seus doze anos, deixou de viver com os seus pais e mudou-se para a cidade da Beira, onde começou a viver com o seu irmão mais velho, que já fazia arte (escultura). Com essa aproximação, começou a interessar-se ainda mais pelas artes.
O seu primeiro trabalho surgiu em 2003, na Cooperativa das Artes, intitulado “A vida selvagem”. Daí, começou a inspirar-se em outras obras como “O olhar de uma lágrima”.
Em seguida, criou a sua própria imagem que teve aceitação imediata, começando a ser reconhecido na Beira, onde convive com vários artistas nacionais de diferentes áreas artísticas.
Aos 18 anos, deixou de viver com o seu irmão pelas condições de vida, tendo-se deslocado para a África do Sul à procura de melhores condições. Depois de dois anos ali, regressou ao seu país, onde começou a exercer a sua atividade até hoje.
Inauguração dia 2 de fevereiro, às 18h00.