Depois da sua apresentação em Maputo, a exposição de artes visuais Plano das Coisas, de Jorge Dias, é apresentada no Camões | Centro Cultural Português – Beira (CCP – Beira), de 12 de julho a 10 de agosto. A inauguração da exposição está agendada para as 18h do dia 12 de julho, e contará com a presença do artista. Às 10h30 do dia 13 de julho, será promovida uma conversa com Jorge Dias no CCP – Beira, em torno do tema “Artes Visuais no Contemporâneo”.
Plano das Coisas coloca em destaque o lado “orgânico” da obra de Jorge Dias, dando continuidade ao trabalho que o artista tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos, no qual as “coisas” (terminologia usada para designar algumas das suas obras tridimensionais) são inseridas e confrontadas com a bidimensionalidade de um “plano”, num processo de acumulação e justaposição de objetos, artesanato e outros acessórios.
Como já vem sendo habitual no seu trabalho, nesta mostra o artista propõe uma reflexão sobre o mundo que o rodeia, em termos sociais, humanos e políticos, mas também em termos artísticos, sobretudo na forma como desafia os meios de expressão considerados mais clássicos. Na conversa da manhã do dia 13 de julho, pretende-se explorar um pouco mais este lado conceptual e analítico da obra de Jorge Dias, associando-o às artes visuais na época contemporânea.
Esta exposição conta com o apoio do Ministério da Cultura e do Turismo, Fundac, Banco Único, Escola Nacional de Artes Visuais, MUVART (Movimento de Arte Contemporânea) e Arte D´Gema. A sua apresentação na Beira conta ainda com o apoio da Mega – Cash & Carry.
Nota Biográfica:
Jorge Dias (Maputo, 1982) estudou Cerâmica na Escola Nacional de Artes Visuais em Maputo e Escultura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil). É membro fundador do Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique - MUVART e, atualmente, é diretor e docente na Escola Nacional de Artes Visuais, em Maputo.
Expõe regularmente desde inícios da década de 1990, tendo realizado exposições individuais em diversas instituições, entre as quais se destacam as seguintes: Museu Nacional de Arte (com Gemuce, Maputo, 2005); Centro Cultural de Lagos (com Nelson Leirner, Lagos/Portugal 2005); Centro Cultural Franco-Moçambicano (Maputo, 2007 e 2015); Camões – Centro Cultural Português (Maputo, 2010); Espaço Fundação PLMJ (com Lino Damião, Lisboa/Portugal, 2012); Mediateca do BCI (Maputo, 2014).
Participou em várias exposições coletivas, entre as quais se destacam: Réplica e Rebeldia (2007); Lisboa-Luanda-Maputo na Galeria Torreão Nascente da Cordoaria Nacional (2007); Anganza África na October Gallery (2008); Bienal de S. Tomé e Príncipe (2008); Africa Now na Sede do Banco Mundial (2009); África 2.0 na Influx Contemporary Art (2012).
A sua obra está representada em diversas coleções públicas e privadas em Moçambique e no estrangeiro.
Trabalhou como curador no Museu Nacional de Arte em Maputo (2007-2010) e participou, também na área da curadoria, em vários projetos a nível nacional e internacional, entre os quais se destacam: Feira de arte ARCO´06 (Madrid/Espanha, 2006); Feira de Arte Lisboa (Lisboa/Portugal, 2004 e 2008); Expo Arte Contemporânea Moçambique (Maputo, 2004/06/08/10); como co-curador na Bienal TDM A Máquina Que Queria Voar (Maputo, 2007) e na Bienal TDM Espaços de Hoje: desafios e limites (Maputo, 2009).
Escreve sobre a produção da arte em Moçambique desde 2003 e contribui para a teorização das produções mais recentes, tendo publicado artigos nos jornais Notícias, Meianoite e O País, no blog do MUVART e na revista Artecapital (Portugal).