Habitantes do Desenho II reuniu trabalhos de oito artistas contemporâneos moçambicanos: Carmen, Famós, Ídasse, Luís Cardoso, Miguel César, Mendonça, Pinto e Walter Zand.
Criado em 2013, o Coletivo Habitantes do Desenho tem como objetivo partilhar com o público um conjunto de trabalhos e reflexões sobre o desenho, enquanto prática artística e “motor de reflexões sobre a nossa relação com o mundo”. São as inquietações e as preocupações dos artistas relativamente à sociedade e contemporaneidade que habitam, transferidas para o desenho como meio de expressão.
Como afirmou Severino Ngoenha no texto do catálogo desta exposição, o que parece pertinente neste grupo de artistas é eles estarem “obcecados por temas comuns: os peixes de Ídasse onde os grandes devoram os pequenos; os peixes de Famós que procuram água em terra firme (alusão à seca e à fome); o mendigo de Pinto; as duas facetas de Mendonça; o voo ou não voo de Walter Zand, parecem invocar as vicissitudes e discrepâncias do Moçambique atual.” E Ngoenha conclui: os artistas aqui representados são “intérpretes de preocupações do nosso país e do nosso tempo”.
Por ocasião da exposição Habitantes do Desenho II, foi elaborado um pequeno catálogo, com textos de Alexandra Pinho e Severino Ngoenha, fotografias da Layout e biografias dos artistas.
Paralelamente ao período da exposição, decorreu nas instalações do Camões – Cento Cultural Português em Maputo uma oficina de desenho da responsabilidade de Walter Zand.
Depois de Maputo, onde esteve patente até dia 15 de Julho, a mostra foi apresentada em Setembro no CCP — Beira.