Os livros e a literatura contribuem de forma muitos construtiva para mudar a visão que temos do mundo. Um livro, quando dedicado à infância e/ou ao público infantojuvenil, não só contribui para o desenvolvimento linguístico e cognitivo dos ouvintes-leitores, como serve de ferramenta para o questionamento das vivências em sociedade, podendo inspirar revoluções. Nesta conversa, Lúcia Vicente falará com o público sobre esta componente da literatura infantojuvenil, de como a leitura na infância pode ser uma ferramenta essencial para a educação das crianças e dos jovens e de que forma este género literário pode contribuir para o questionamento do mundo e das normativas sociais.
Nota Biográfica:
Lúcia Vicente nasceu em 1979, em Faro, no sul de Portugal, numa família cheia de mulheres. Foi a primeira desse núcleo a concluir uma licenciatura. Cedo se questionou sobre o papel da mulher na sociedade e por que razão os livros de História nunca mencionavam mulheres. Em 1995, criou, juntamente com um grupo de amigos, o coletivo feminista MUPI (Mulheres Unidas Pela Igualdade), e dedicou-se ao ativismo feminista em adolescente. Em 1997, foge rumo a Lisboa, onde se licenciou em História e História Cultural e das Mentalidades na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Em 2007, ingressa no mestrado de Estudos de Género da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, que nunca terminou por diferenças ideológicas. Com tendência para mudar de poiso de 10 em 10 anos: a última vez, farta de gente, saiu de Berlim direitinha para um monte alentejano, onde vive com o seu companheiro, filha e os seus dois cães. Já teve milhões de ofícios. Os seus favoritos são ser escritora-poeta e dedicar-se à educação para o feminismo. Em 2018 publicou o seu primeiro livro para crianças, Portuguesas com M grande. Raízes Negras é o seu último livro. A preparar o primeiro livro de poesia “Do dia que passa e além mar”.
18h00