A convite do Camões - Centro Cultural Português em Maputo, Lúcia Vicente representa  Portugal na 8ª edição da Feira do Livro de Maputo/2022, que decorrerá entre 20 e 22 de outubro.

A 8ª edição da Feira do Livro e Maputo tem como autor homenageado Luís Bernardo Honwana e como patrono José Craveirinha. Sob o lema “A complexidade da história não se esgota com o tempo” – a edição 2022 da Feira do Livro de Maputo também acontece em formato híbrido. Parte dos debates são transmitidos virtualmente e conta também com a programação presencial com sessões de leitura, música, debates, concursos literários, oficinas de pintura e leitura, teatro, conto e reconto de histórias, exposição e venda de livros a preços promocionais.

Lúcia Vicente irá participar num painel no dia 21 de outubro, às 14h00, subordinado ao tema "As minhas mãos colocaram pedras nos alicerces do mundo" (Agostinho Neto).  A sessão será transmitida online através da plataforma da página de facebook do Conselho Municipal de Maputo; da página de facebook da Feira do Livro e do website da feira. O Camões - Centro Cultural Português em Maputo participará também através da presença de um stand de promoção de literatura em língua portuguesa.

A participação de Lúcia Vicente na Feira do Livro conta também com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, com quem o Camões - CCP Maputo tem uma parceria de programas de residências artísticas e literárias em Lisboa e Maputo.

Nota biográfica de Lúcia Vicente:

Lúcia Vicente nasceu em 1979, em Faro, no sul de Portugal, numa família cheia de mulheres. Foi a primeira desse núcleo a concluir uma licenciatura. Cedo se questionou sobre o papel da mulher na sociedade e por que razão os livros de História nunca mencionavam mulheres. Em 1995, criou, juntamente com um grupo de amigos, o coletivo feminista MUPI (Mulheres Unidas Pela Igualdade), e dedicou-se ao ativismo feminista em adolescente. Em 1997, foge rumo a Lisboa, onde se licenciou em História e História Cultural e das Mentalidades na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Em 2007, ingressa no mestrado de Estudos de Género da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, que nunca terminou por diferenças ideológicas. Com tendência para mudar de poiso de 10 em 10 anos: a última vez, farta de gente, saiu de Berlim direitinha para um monte alentejano, onde vive com o seu companheiro, filha e os seus dois cães. Já teve milhões de ofícios. Os seus favoritos são ser escritora-poeta e dedicar-se à educação para o feminismo. Em 2018 publicou o seu primeiro livro para crianças, ​Portuguesas com M grande​. ​Raízes Negras é o seu último livro. A preparar o primeiro livro de poesia “Do dia que passa e além mar”.