A exposição “O Lugar das Ilhas” é o resultado da inspiração da artista Sónia Sultuane nos materiais usados por arquitetos que, para além de nobres, sofisticados e caros, representam a diversidade e, ao mesmo tempo, a simplicidade, ao corresponderem a fragmentos de cerâmica, vidro, mármore ou mosaicos.

Sónia Sultuane já tinha trabalhado a forma circular e as cores do seu imaginário, aquando da sua segunda exposição, a partir da obra de Antoni Gaudí; na altura, criou uma espécie de “mosaicos”, recorrendo à madeira prensada, de vários tamanhos, que foi sobrepondo.

Seguidamente, a Autora inspira-se em Pancho Guedes, tendo surgido o seu interesse mais pelas formas geométricas e arquitetónicas e menos pelos materiais utilizados.

Para a criação desta exposição, que eleva a capulana, principalmente da Ilha de Moçambique, a peça de arte, a artista foi também influenciada pelas viagens feitas ao longo dos últimos anos a alguns países como a Itália, Turquia, Espanha, Índia, Egito, Portugal, onde a arquitetura é majestosa e grandiosa e onde o mosaico está muito presente.

Biografia da artista:

Sónia Sultuane nasceu em Maputo a 04 de março de 1971. É poeta e artista plástica autodidata. Em 2021, protagoniza a 3.ª Exposição individual em Maputo, designada “O lugar das ilhas”, no Centro Cultural Brasil- Moçambique. Em 2018 e 2019, participa numa exposição coletiva, com Jorge Dias, intitulada “Pancho: Outras Formas e Olhares”, no Museu Nacional de Arte e na Sede do BCI (Maputo), e na Delegação do BCI, na Ilha de Moçambique, com uma exposição itinerante que passou também pela Galeria Villa Sands. Em julho de 2019, realiza no Palácio da Ajuda, em Lisboa, a Exposição de Arte e Artistas de Moçambique, com um conjunto de fotografias. Em 2018, integra a exposição coletiva “Poemas da Língua Portuguesa na tela”, no Centro Cultural Brasil-Moçambique. Em 2013, apresenta duas exposições individuais, em Moçambique, “Códigos de Gaudí”. Em setembro de 2009, participa na Bienal da TDM, “Espaços hoje: desafios e limites”, no Museu Nacional de Arte. Em junho de 2009, realiza a primeira exposição individual internacional, em Macau, com o título “O Oculto”. Em 2008, preconiza a 1.ª Exposição Individual, em Maputo e na Beira, com o título “Palavras que Andam”. Em 2008, dinamiza, com outros artistas, o workshop internacional organizado pelo Ministério da Educação e Cultura, MUVART e o Muyehlekete (Maputo). Em 2008, integra a exposição coletiva “Artisti Friendship 2008 Del Club D'Ars”, (Milão, Itália). Em 2007, participa na Cape África 07 – South Africa - CapeTown. Em 2007, incorpora a exposição coletiva “A cerâmica contemporânea”, no Museu Nacional de Arte. Em 2007, entra na exposição coletiva “Muvart – Nuova Africa”, em Piacenza-Itália. Em 2005, completa a exposição coletiva “Hora O”, no Centro Cultural Franco-Moçambicano. Sónia Sultuane foi homenageada no Congresso da Afrolic 2019, pela divulgação da sua obra no Brasil. Agraciada com o Prémio Femina 2017 – Mérito nas Letras: Literatura – Poesia em Portugal. O Prémio Femina é destinado às mulheres notáveis de Portugal e do espaço lusófono, que se tenham distinguido com mérito a nível profissional, cultural e humanitário pelo mundo, pelo conhecimento e pelo seu relacionamento com outras culturas.