Sérgio Simão Raimundo (Maputo, 1992) é o vencedor da 3.ª edição do prémio Literário Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM)/ Eugénio Lisboa. O Prémio INCM/Eugénio Lisboa contempla a edição da obra vencedora, bem como a atribuição do valor monetário de 5.000,00 € (cinco mil euros) ao vencedor.
O júri constituído pelo poeta e editor moçambicano Mbate Pedro, na qualidade de Presidente, por Sara Jona e Paula Mendes, deliberou atribuir o prémio de prosa literária INCM/Eugénio Lisboa ao texto “A Ilha dos Mulatos”, da autoria de Sérgio Simão Raimundo, e duas menções honrosas a “O homem que vivia fugindo de si”, de Japone Matias Loudel Caetano Agostinho e “O amor que há em ti”, de Néusia de Larsane Abílio Pelembe.
A atribuição do Prémio Literário INCM/Eugénio Lisboa a “A Ilha dos Mulatos”, uma novela policial contemporânea, deve-se, segundo o júri, ao facto de o autor entrelaçar criatividade e originalidade, com a gestão da polifonia e de fluxos de consciência, numa narração que convoca à preservação da memória sobre a Ilha de Moçambique.
Concorreram à 3.ª edição do Prémio INCM/Eugénio Lisboa um total de 12 textos.
Este importante prémio literário foi criado em 2017 pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, dando corpo à sua missão de promoção e preservação da língua portuguesa e tendo em consideração a relevância de Eugénio Lisboa, enquanto cidadão e homem de cultura nascido em Moçambique, mas também como seu autor.
O Prémio INCM/Eugénio Lisboa visa selecionar trabalhos inéditos de grande qualidade no domínio da prosa literária e, além de uma componente pecuniária, contempla a publicação das obras distinguidas em cada edição, incentivando desta forma a criação literária moçambicana.
Nota biográfica do vencedor:
Sérgio Simão Raimundo nasceu em 1992, em Maputo. É formado em Filosofia pela Universidade Eduardo Mondlane. Consta nos registos académicos que abandonou a licenciatura em Sociologia na Universidade Pedagógica para dedicar-se ao jornalismo. Tem textos publicados em diversos jornais e antologias pelo Mundo. Atua como escritor, jornalista, assessor linguístico e no campo filosófico como um esteta aprendiz. Tem um livro de poesia publicado "Avental de um poeta doméstico". É editor da revista das artes e culturas Xitende. Abandonou a poesia depois de ver o seu pai suicidado num dos barrotes da sua casa em Chamanculo, pois era o seu único leitor fiel da sua poesia. Entrou no romance. Tem uma pequena coleção (a cartão) de poesia publicado sob heterónimo de René Peter, Síntese e Fragmentos da Emoção.