Entre os dias 5 e 9 de julho, realiza-se no espaço do Camões - Centro Cultural Português em Maputo um workshop com o coreógrafo português Victor Hugo Pontes, dirigido a profissionais da dança em Moçambique.

A convite do Camões – Centro Cultural Português em Maputo e dos Estúdios Victor Córdon, o coreógrafo português Victor Hugo Pontes trabalha com intérpretes locais numa oficina-audição. Este workshop assenta no processo criativo de Victor Hugo Pontes e tem como objetivo o desenvolvimento de destrezas físicas e emocionais, por meio de diferentes abordagens. É também um exercício de partilha do vocabulário do coreógrafo, onde são experimentados vários exercícios de composição, explorando diferentes configurações do grupo, bem como perspetivas sobre a intensidade da ação cénica, do gesto e da interpretação.

Victor Hugo Pontes nasceu em Guimarães, em 1978. É licenciado em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Em 2001, frequentou a Norwich School of Art & Design, Inglaterra. Concluiu os cursos profissionais de Teatro do Balleteatro Escola Profissional e do Teatro Universitário do Porto, bem como o curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Fórum Dança. Em 2004, fez o curso de Encenação de Teatro na Fundação Calouste Gulbenkian, dirigido pela companhia inglesa Third Angel, e, em 2006, o curso do Projet Thierry Salmon – La Nouvelle École des Maîtres, dirigido por Pippo Delbono, na Bélgica e em Itália. Como criador, a sua carreira começa a despontar a partir de 2003 com o trabalho Puzzle. Desde então, vem consolidando a sua marca coreográfica, tendo apresentado o seu trabalho por todo o país, assim como em Espanha, França, Itália, Alemanha, Rússia, Áustria, Brasil, entre outros. Das suas mais recentes criações como encenador/coreógrafo destaca: Fuga Sem Fim (2011), A Ballet Story (2012), ZOO (2013), Ocidente, de Rémi de Vos (2013), Fall (2014), COPPIA (2014) em co-criação com Manuela Azevedo e Hélder Gonçalves, Se alguma vez precisares da minha vida, vem e toma-a (2016), CARNAVAL (2016), a convite da Companhia Nacional de Bailado, Nocturno (2017), em co-criação com Joana Gama, Margem (2018), Drama (2019), Madrugada (2019), a convite da Companhia Nacional de Bailado, Os Três Irmãos (2020), Meio no Meio (2021) e Porque é Infinito (2021). Em março de 2007, venceu o 1.o Prémio com o trabalho Ícones no 2nd International Choreography Competition Ludwigshafen 07 – No ballet, em Ludwig- shafen, Alemanha. Foi nomeado, para os Prémios SPA na categoria de Dança – Melhor Coreografia, em 2013, com o espetáculo A Ballet Story e, em 2021, com o espetáculo Os Três Irmãos. Em 2019 venceu, o Prémio SPA na categoria de Dança – Melhor Coreografia, com o espetáculo Margem. Integrou o programa DanceWeb 2017 do Festival ImPulsTanz em Viena, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, onde trabalhou com Jan Fabre, David Zambrano, Doris Uhlich, Benôit Lachambre, entre outros. É, desde 2009, o Diretor Artístico da Nome Próprio – Associação Cultural.